O dia que Vitória parou

Terça feira, um dia comum como qualquer outro. Sai de Vila Velha e fui para Laranjeiras na Serra trabalhar. O sol brilhava no céu e achei que aquele seria um dia como qualquer outro. Mas não foi.

De tarde o tempo mudou, o céu ficou preto e começou a chover forte. As 16:20 sai da Serra com a esperança de chegar em casa antes das 18:00.

Tudo estava indo bem até que cheguei a Goiabeiras na Fernando Ferrari. Estava tudo parado, nada andava. Fui bem de vagar até na frente da UFES quando realmente parou de vez. Sai do carro e comecei a conversar com os outros motoristas. Eu estava apertado para ir no banheiro e um motorista atrás de mim falou, vou ali no bar, você vigia meu carro, depois é a sua vez. Ele foi, quando voltou o transito começou a andar e eu fui embora. Já eram mais ou menos 17h40min e eu estava ainda na reta da penha, quando comecei a suar e passar mal. Eu tinha de ir ao banheiro!!! Então comecei a procurar algum frasco de água, qualquer coisa que pudesse ser usado, mas não tinha nada no carro! As 18h30min eu estava quase no pedágio da terceira ponte sem possibilidade de usar cinto, pois estava apertando demais. No desespero vi embaixo meu extintor de incêndio coberto por uma sacola, então já que o transito estava parado, tirei a sacola olhei para ela e disse “É agora”. Quando eu comecei a me aliviar o transito começou a andar de novo. E vocês sabem muito bem, uma hora que você começa, não consegue parar. Então começou a galera buzinar e eu comecei a tentar dirigir e fazer ao mesmo tempo. Já estava difícil quando percebi que tinha um furo na sacola! Porr meu carro é novinho. Enquanto eu tentava tapar o furo, mijar e dirigir, ÓBVIO que não conseguia fazer nada direito então parei o carro. No desespero pensei... “Vou terminar e depois jogo pela janela”. Mas tinha mais de um furo na sacola e tava difícil na altura do campeonato tapar os dois buracos e para piorar esqueci a janela meio aberta. Então veio aquela moça do pedágio trocar o dinheiro e se deparou com aquela situação. Ela não sabia se ria ou se me ajudava. Depois de muitas buzinas, uma mulher rindo pra caralho (ou do caralho sei lá) meu carro ficou igual banheiro público!

Eu juro que vou voltar a usar frauda, naquela época não tínhamos esses problemas!

Um abraço a todos e um bom feriado!

Ricardo Biccas